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  • 作曲 : Pedro Da Silva Martins
    Desculpem, doutos homens, estetas,
    Espíritos poetas, almas delicadas.
    A falsidade do meu génio e das minhas palavras.
    Que é a erudição que eu canto,
    Que é da vida, o espanto,
    Que é do belo, a graça,
    Mas eu só ambiciono a arte de plantar batatas.
    Desculpem lá qualquer coisinha,
    Mas não está cá quem canta o fado.
    Se era p'ra ouvir a Deolinda,
    Entraram no sítio errado.
    Nós estamos numa casa ali ao lado.
    Andamos todos uma casa ao nosso lado.
    Bem sei que há trolhas escritores,
    Letrados estucadores e serventes poetas
    E poetas que são verdadeiros pedreiros das letras.
    E canta em arte genuína,
    O pescador humilde, a varina modesta
    E tanta vedeta devia dedicar-se à pesca.
    Desculpem lá qualquer coisinha,
    Mas não está cá quem canta o fado.
    Se era p'ra ouvir a Deolinda,
    Entraram no sítio errado.
    É que nós estamos numa casa ali ao lado.
    Andamos todos uma casa ao nosso lado.
    Por não fazer o que mais gosto
    Eu canto com desgosto, o facto de aqui estar
    E algures sei que alguém mal disposto
    Ocupa o meu lugar.
    Ninguém está bem com o que tem
    E há sempre um que vem e que nos vai valer:
    Porém quase sempre esse alguém não é quem deve ser.
    Desculpem lá qualquer coisinha,
    Mas não está cá quem canta o fado.
    Se era p'ra ouvir a Deolinda,
    Entraram no sítio errado.
    É que nós estamos numa casa ali ao lado.
    Andamos todos uma casa ao nosso lado.
    E é a mudar que vos proponho!
    Não é um passo medonho em negras utopias;
    É tão simples como mudar de posto na telefonia.
    Proponho que troquem convosco e acertem com a vida!
  • 作曲 : Pedro Da Silva Martins
    Desculpem, doutos homens, estetas,
    Espíritos poetas, almas delicadas.
    A falsidade do meu génio e das minhas palavras.
    Que é a erudição que eu canto,
    Que é da vida, o espanto,
    Que é do belo, a graça,
    Mas eu só ambiciono a arte de plantar batatas.
    Desculpem lá qualquer coisinha,
    Mas não está cá quem canta o fado.
    Se era p'ra ouvir a Deolinda,
    Entraram no sítio errado.
    Nós estamos numa casa ali ao lado.
    Andamos todos uma casa ao nosso lado.
    Bem sei que há trolhas escritores,
    Letrados estucadores e serventes poetas
    E poetas que são verdadeiros pedreiros das letras.
    E canta em arte genuína,
    O pescador humilde, a varina modesta
    E tanta vedeta devia dedicar-se à pesca.
    Desculpem lá qualquer coisinha,
    Mas não está cá quem canta o fado.
    Se era p'ra ouvir a Deolinda,
    Entraram no sítio errado.
    É que nós estamos numa casa ali ao lado.
    Andamos todos uma casa ao nosso lado.
    Por não fazer o que mais gosto
    Eu canto com desgosto, o facto de aqui estar
    E algures sei que alguém mal disposto
    Ocupa o meu lugar.
    Ninguém está bem com o que tem
    E há sempre um que vem e que nos vai valer:
    Porém quase sempre esse alguém não é quem deve ser.
    Desculpem lá qualquer coisinha,
    Mas não está cá quem canta o fado.
    Se era p'ra ouvir a Deolinda,
    Entraram no sítio errado.
    É que nós estamos numa casa ali ao lado.
    Andamos todos uma casa ao nosso lado.
    E é a mudar que vos proponho!
    Não é um passo medonho em negras utopias;
    É tão simples como mudar de posto na telefonia.
    Proponho que troquem convosco e acertem com a vida!